terça-feira, 28 de maio de 2013

"Os mais pobres são precipitadamente criminalizados pela polícia"?


  A relação entre pobreza e crime no Brasil é tratada com tanta delicadeza que alguns cientistas sociais acreditam que a polícia é a principal fonte geradora de violência nos grandes centros urbanos.


  Em entrevista  para a CBN, a professora da UFABC e  pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da USP, Camila Dias, ao ser questionada  sobre se a redução dos homícidios em São Paulo seria resultante da medida adotado pelo governo estadual em não prestar socorro às vítimas, a  socióloga afirmou que mais do que a medida em si, a nova postura da atual gestão de segurança pública em demonstrar vontade de controlar as ações da Polícia Militar e combater eventuais abusos contribuiriam para tal.
 
 Ora, como assim? Que dizer a Polícia Militar é principal vetor da violência?

  Para exemplificar o papel da PM na produção da violência no Estado de São Paulo, a pesquisa afirmou que o binômio segurança/violência vive em um equilíbrio precário que irrompe em crises devido a reação dos BANDIDOS a letalidade da Polícia Militar.
 
  Isso é uma completa inversão de valores! É praticamente dizer que não haveria violência se a PM deixasse os bandidos trabalharem em paz.

 Para a professora Camila Dias, a redução da violência se passa pela mudança de postura da PM, segundo ela, a mesma protege só parte da sociedade, atuando de forma repressiva na periferia, i.e., "pobre é tido como bandido previamente pela polícia".
 
  A pesquisadora afirma ainda que os polícias que chegam a postos de comando na PMSP são justamente aqueles que possuem mortes em suas fichas, concluindo que não há punição para aqueles envolvidos nesses tipos de casos.
 

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Telhada na Veja SP

A Veja SP desta semana trás uma reportagem sobre a Lei dos Semáforos, proposta pelo vereador Coronel Telhada na Câmara Municipal.
 
A novidade que a reportagem apresenta foi o processo de negociação da proposta de lei, no qual o vereador aceitou o adendo feito pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) poderá decidir quais serão esses faróis.


Embora a CET já utilizasse o expediente do amarelo piscante, a proposto do Coronel Telhada inverte a política da CET tornado todos os faróis piscantes, e a companhia decidirá quais não entram nessa regra.

Tal proposta expõe, claramente, o quanto o serviço público é ineficiente e desorganizado, precisando da criação de uma lei para obrigar a CET a desempenhar a contento seu serviço. Ora, ela não precisaria saber os locais de maior incidência de criminalidade, bastava saber os locais com a maior probabilidade de acidentes e manter a funcionalidade da sinalização nesses locais.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Homicídio cai pela 1ª vez em 9 meses e governo atribui a fim de resgate da PM?


Homicídio cai pela 1ª vez em 9 meses
e governo atribui a fim de resgate da PM?


Hoje, saiu uma reportagem no jornal O Estado de São Paulo informando a respeito da diminuição do índice de homicídios na capital paulista, de 7,8% em abril deste ano comparado ao mesmo período do ano anterior.

 O novo secretário de Segurança de SP, Fernando Grella Vieira, sedento de resultados se apressou em afirmar que "melhorou porque, preservando o local para perícia, você aumenta o número de casos esclarecidos. Aumentando o número de casos esclarecidos, há um efeito pedagógico, que faz crescer a punição efetiva e a sensação de que há conseqüências para os crimes. Medidas que vão esclarecendo e elucidando mostram que o Estado está atuando".
 
Essa redução ínfima de 103 casos para 95 em um único mês (+ de 3 dia) não deveria ser motivo de comemoração por parte da autoridade pública, muito menos atribuída a uma política que não guarda relação direta com o fato. Segundo, o próprio secretário "esse não é o único fator para explicar a queda. A polícia está trabalhando. Nesse período da resolução, a Rota está prendendo mais e apreendendo mais drogas. Foi recorde de prisão em dez anos: 27 mil foram presos em três meses". Número estranho tendo em vista que a capacidade carcerária do Estado de Paulo seja 102mil presos, tendo atualmente o dobro de ocupação.
 
Ao apresentar tal realização não se passa pela mente do secretário que ao acordar todas as manhãs ele possa ser um das três vítimas fatais da violência na cidade de São Paulo. O fato que os dados da SSP são mal estudados ou mal explicados. Quantos dos 95 homicídios em abril foram latrocínios? Quem eram as vítimas quem eram os bandidos?